Greve: uma forma de luta dos trabalhadores desde o Egito Antigo
- Paulo Brunet e Newton Palma
- 20 de jan. de 2015
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Um dos principais mecanismos de demonstração de força de um Sindicato é a greve. Apesar de mal vista pela população - é quase unânime o entendimento de que elas causam grandes transtornos para a sociedade -, as greves são um poderoso instrumento na luta de entidades sindicais pela garantia de acesso a direitos daquela categoria.
Apesar da constituição brasileira assegurar ao trabalhador esse direito, muitos defendem que a realização de greves deveria ser revista pelos Sindicatos, pois esse é um instrumento extremo, danoso e que prejudica imensamente a imagem das entidades. Se existe saída alternativa, ainda não sabemos. Mas é fato que o instituto da greve é tão antigo quanto se pode imaginar. Os primeiros registros de greves, em formato muito similar ao atual, datam do Egito Antigo. Segundo tradução de um papiro guardado no Museu Egípcio de Turim, a primeira greve documentada ocorreu por falta de pagamento (comida, vestuário e afins) para os trabalhadores que construíam a tumba do faraó Ramsés III (1187 – 1156 a.c.).
A Europa foi o continente que popularizou esse tipo de movimento, especialmente durante o período da revolução industrial (Séc. XVIII), quando as classes trabalhadoras começaram a criar os embriões dos primeiros Sindicatos. No Brasil, a primeira grande greve que ocorreu foi a de 1917, em São Paulo. Puxada pelo movimento operário que se consolidou rapidamente como um dos maiores das Américas na época, ela paralisou os trabalhadores da Indústria e do Comércio, que lutavam por melhores condições de trabalho.
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