Parado no tempo
- empresaperfectus
- 9 de jul. de 2014
- 1 min de leitura
Os avanços tecnológicos dos últimos 20 anos são espantosos, especialmente quando observamos a forma como as pessoas passaram a interagir entre si e com as instituições públicas e privadas que compõem a sociedade moderna. Relações entre indivíduos, com representantes, com marcas, com entidades sindicais… Enfim, todos estão sujeitos à velocidade, disseminação e interatividade que o universo digital possibilita. Acompanhar essa mudança e saber como se comportar dentro dela é complicado, principalmente para instituições cuja mentalidade é essencialmente analógica.
Sindicatos e associações ilustram bem essa questão. Quem se envolve minimamente com uma entidade como essa percebe que a maioria delas continua usando instrumentos de comunicação arcaicos e unilaterais para “falar” com sua base e com a população. Muitas até acham que estão presentes no universo digital por terem um site e uma página no Facebook, mas isso não significa muito pois de nada adianta construir canais sem saber como agir e o que comunicar dentro deles. Resultado: a imagem dos sindicatos fica cada vez mais desgastada e os trabalhadores cada vez menos se envolvem em seus debates.
Se quiserem mudar essa realidade, sindicatos e associações têm que rever a forma como se relacionam com as pessoas. Continuar usando somente o velho jornalzinho e o e-mail para divulgar mensagens é dar um tiro no pé. As pessoas cansaram de ficar passivas na Comunicação. Elas querem criar em conjunto, opinar, dar sugestões e sentirem que são ouvidas. É preciso ampliar os serviços, trabalhar para fora e para dentro da organização, estar mais presente no dia-a-dia do associado e gerar um engajamento sistêmico, de longo prazo.
Paulo Brunet

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