Mídias sociais como plataforma de divulgação e, principalmente, de relacionamento sindical
- Newton Palma e Paulo Brunet
- 13 de jan. de 2015
- 2 min de leitura

Já não é de hoje que as empresas vêem necessidade de estarem presentes na internet. O que chama atenção, porém, é a forma como, nos últimos 10 anos, as empresas têm encarado a atuação no ambiente digital. É exponencial o aumento da verba destinada a Marketing Online das instituições. Um levantamento da empresa Gartner corrobora essa visão. Segundo o estudo, metade das empresas pesquisadas (do Canadá, EUA e Reino Unido) pretendem aumentar seus orçamentos de Marketing Digital em 17% em 2015.
Boa parte dessa verba destina-se às mídias sociais (redes sociais, blogs, sites, canais no Youtube, etc), que estão hoje no foco da atuação digital. Essa preocupação organizacional com as mídias sociais é puxada pelo constante aumento da presença dos internautas especialmente nas redes sociais. Apenas o Facebook, principal rede social do momento, já possui mais de 1 bilhão de usuários ativos no mundo. É quase a população da China! No Brasil, já são mais de 89 milhões de usuários que acessam o site todos os meses, sendo 59 milhões de acessos diários, segundo os dados referentes ao segundo trimestre de 2014.
É comum pensar que essas questões afetam somente empresas privadas, mas isso não é verdade. Há impacto intenso também em sindicatos e associações. Uma das maiores reclamações que os trabalhadores têm sobre suas entidades representativas é justamente o distanciamento entre instituição e base representada. Entretanto, uma atuação planejada e monitorada em mídias sociais é capaz de reduzir essa lacuna. Isso passa necessariamente por uma mudança na forma de se enxergar a presença dos sindicatos nesses ambientes. Ao invés de um mero canal de divulgação (onde as entidades replicam matérias publicadas nos sites), é preciso vê-los como espaço para aproximação, para relacionamento, para receber feedbacks da base e moldar processos internos e serviços prestados aos sindicalizados.
Mas para chegar em tal patamar não basta uma pessoa querer. É preciso contar com profissionais de comunicação capacitados, que saibam entender o mercado, pensar em ações direcionadas ao público, desenvolver diferentes formas de passar uma informação, conhecem as ferramentas disponíveis e estão treinados a ter uma visão ampla no que tange à comunicação organizacional.
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